domingo, 29 de dezembro de 2013

13 . Calores!

O treze costuma ser um número de sorte, ou azar, depende de quem o evento acontece. No meu caso tem sido indiferente. Em geral, independentemente do resultado do evento, eu acabo sempre “levando a pior”. É uma questão de hábito, como costuma dizer meu irmão.
Nesta semana, aconteceu algo relativamente engraçado, ou divertido, conforme quem estiver assistindo.
Sempre fui “bom de cama”. No bom sentido! Bem, a estas alturas, não sei definir exatamente qual seria o bom o mau sentido. Mas o que eu quero dizer é que é só eu me aproximar de um travesseiro que eu já durmo. Não necessariamente nesta ordem!

Semana passada fui instado a permanecer acordado após “o meu relê já ter caído”. Ou seja, já estava em estado adiantado de sono. E, creio que não estranhamente, tenho baixíssima produtividade sob o estado de sono. Acontece algo além da incapacidade quase total de concentração. Eu começo a transpirar abundantemente.
Eu sempre fui “bom” na transpiração. Acho que poderia até ser piloto de provas de uma fábrica de desodorantes. Não é qualquer um que “dá conta” do recado.  Sem um desodorante eficiente, eu não sou nada! Acho que se passasse um urubu, me chamaria de “primo”!
Eu passaria por uma situação de ser julgado pelo Fradinho baixinho do Henfil[1], que sempre achei genial, não só pela ironia, mas pela simplicidade do traço.
Mas voltando “à vaca fria”, ou ao otário sonolento, fui convidado a permanecer desperto além da minha capacidade de vigília, que é bem próxima de zero. Talvez até menos que isso.
Meu mecanismo de regulação térmica, que parece ser ligado com o do sono, disparou. Comecei a suar abundantemente. Eu sugeri manter a porta aberta ou até pegar um ventilador pois estava suando muito por causa do sono.
Tentei explicar que a vigília forçada me fazia transpirar. Como resposta ouvi: “isso não existe!”
Respirei fundo, como quem quer fazer os poros reabsorveram aquelas gotas inadvertidas de suor. E me coloquei a conjeturar.
Se não existe e eu estou vendo é uma alucinação. Um raciocínio tecnicamente perfeito, ou pelo menos, adequado.
Eu sentia calor e transpirava. Tanto que o gato que estava próximo de mim, decidiu se afastar, indo para debaixo do sofá.
Passei um lenço na testa e ele retornou molhado. Ou se tratava de um processo alucinatório dos mais complexos e completos, ou eu estava desenvolvendo o conceito de “alucinação térmica”.



[1] Henrique Souza Filho – Cartunista Mineiro

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